sábado, 5 de abril de 2008

SESSÃO:(3 x 4)
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Vernissagem: 10/04 às 20 h (com performance)
Visitação: De 10/04 a 23 /05/08
Horário: 12h às 18h
Praça Clarimundo Carneiro, 204
Bairro Fundinho
Uberlândia - Mg
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RELEASE:
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Acontece dia 10 de abril (quinta feira) às 20 horas na Oficina Cultural de Uberlândia, a abertura da exposição IMAGEM É TUDO; conjunto de expressões artísticas sobre o problemática da imagem de autoria da artista plástica baiana Ana Paula Rios. As obras do projeto constroem uma narrativa sobre os valores humanos, conflitos pessoais e a influência de padrões impostos pela mídia, que ditam comportamentos e geram conflitos. O projeto nasceu em 1999, nesse longo período já foi apresentado em Salvador, São Paulo, Piauí e Argentina, sendo sucesso de crítica e público por onde passou. Em Uberlândia é a primeira vez em que o projeto pode ser visto em sua totalidade em um mesmo espaço. Vale salientar a atualidade do problema levantado há 10 anos. A exposição reune um total de oito grandes obras de colagem, uma instalação e uma performance que será apresentada nessa quinta feira, na abertura da exposição. O projeto pretende através das imagens e do ato performático, levantar reflexões a cerca da problemática da imagem na contemporâniedade que recai no valor do "ser humano" na conjuntura vigente.

O QUE É O PROJETO IMAGEM É TUDO?

O Projeto Imagem é Tudo é uma pesquisa em Artes Visuais desenvolvidapela artista plástica baiana Ana Paula Rios que se encontra em constante construção desde 1999, ano em que foram feitas as primeiras experiências com colagem pela artista. Ao longo desses anos o projeto sofreu algumas modificações e novos estudos foram acrescidos além de ter contado com a colaboração de mestres e doutores em artes visuais, filosofia, sociologia e dança. Nesse longo período o projeto foi apresentado em Salvador, São Paulo, Piauí e Argentina, sendo sucesso de crítica e público por onde passou.
Em Uberlândia é a primeira vez em que o projeto pode ser visto em sua totalidade em um mesmo espaço. Vale salientar a atualidade do problema levantado há 10 anos. O Projeto Imagem é Tudo estabelece em seu discurso, três vias de abordagem sobre os diferentes direcionamentos associados à imagem. São estas: Gráfica, Estética e Introspectiva, fazendo uso de colagens, instalação e performance. Todas fazem parte de um único processo criativo onde se faz uso de recursos como; recortes, chapas de raios-X, figurinos e o corpo humano para tratar da difícil construção da imagem pessoal e os conflitos decorrentes desse processo.
As obras do projeto constroem uma narrativa sobre os valores humanos, conflitos pessoais e a influência de padrões impostos pela mídia, que ditam comportamentos e geram conflitos. O projeto visa através do diálogo com a obra de Adorno a cerca da indústria cultural e de Descartes a cerca de idéias, dúvidas, sentidos e da exatidão das representações humanas do mundo, debater sobre o papel da imagem na contemporaneidade e o poder exercido pela mesma em nossa sociedade. Desejos, sonhos, vontades... Apresentam-se diretamente ligados ao consumo de produto e padrões. O auto-conhecimento não mais se estabelece diante da promessa de satisfação imediata promovida pelo consumo de produtos. O homem estabelece relação direta com a mercadoria em busca de poder e onipotência diante das forças da natureza, sendo essa relação em dados momentos dúbia.
Na busca incessante pela satisfação – que muitas vezes não está ligada às necessidades reais e sim a concessão ao apelo da mídia – o homem cada vez mais se submete a padrões estéticos que o rotula e o padroniza, tornando-o produto de uma fabricação em série, onde as características pessoais de cada indivíduo são ignoradas. Diante dessa realidade instaurada, o homem não mais se reconhece. Os conflitos se estabelecem diante do questionamento quanto ao reconhecimento de si próprio. Realidade e ilusão são constantemente confrontadas. A auto imagem torna-se conflitante. O homem passa a ser objeto de mercado e de manipulação. Abre-se assim, uma lacuna entre o que o indivíduo é, e o que a sociedade determina que este seja. A visão dos demais sobre o indivíduo se torna prejudicada, pois os mesmos se encontram desnorteados diante das questões de seus próprios conflitos.
A imagem torna-se como o homem, produto da sociedade de consumo e pivô do conflito existente pela busca da essência do eu, diante de uma realidade cada vez mais corrompida. Os conflitos gerados em decorrência do não reconhecimento do homem sobre si, diante de padrões estéticos e sociais aos quais é exposto diariamente é resultado da relação conflituosa entre o mesmo e a sociedade e consumo em que está inserido, onde ele próprio exerce o papel de mercadoria. Diante dessa realidade, se instaura o conflito em que o indivíduo passa a não se reconhecer e a ceder aos apelos da mídia que opressiona. Os labirintos da alma humana deixam de ser considerados em prol da padronização, necessária para a sustentação do consumismo. O projeto pretende através das imagens e do ato performático, levantar reflexões a cerca do problema apresentado que recai no valor do "ser humano" na conjuntura vigente.

QUEM É A ARTISTA?

Nascida em Salvador em 1978, a artista plástica Ana Paula Rios é formada pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL) em Licenciatura Plena em Educação Artística com Habilitação em Artes Plástica. Começou sua carreira cedo trabalhando em 1999 como ilustradora do já extinto jornal de arte e cultura Soterópolis em Salvador.
No mesmo ano, teve seu primeiro trabalho de colagem do que viria a ser o Projeto Imagem é Tudo, selecionado para a 1° Bienal de Arte e Cultura da UNE, realizada em Salvador. Suas pesquisas na Universidade voltaram-se para o desenvolvimento do Projeto Imagem é Tudo, dentro de sua pesquisa, passa a experimentar novos recursos e suportes tais como instalações e performances usando o corpo como instrumento de expressão.
Em 2002, abre marcantemente o ENEARTE de São Carlos em São Paulo com a polêmica performance Imagem é Tudo. Voltando a Salvador, atendendo a pedidos realiza nova apresentação na Galeria do IMUCSAL e no 1°Circuito Semi-Ótico de Consciência e Participação Artística. No mesmo ano, volta a surpreender com a Performance Degradação apresentada em Teresina no Piauí. Ainda no mesmo ano, tem um de seus trabalhos de colagem do Projeto Imagem é Tudo selecionado para a 1°Bienal Gráfica da Argentina, realizada no Museu Del Grabado em Buenos Aires.
Em 2003, participa ativamente da confecção do Painel Decorativo para o carnaval na Praça da Piedade em Salvador, com o apoio da Emtursa. No mesmo ano, desenvolve o cenário e o figurino do espetáculo de dança e teatro Cicé com direção de Eduardo Mattedi que esteve em cartaz no Teatro do ISBA em Salvador.
Em 2004, vai trabalhar no conceituado Cerimonial Giramundo, em Salvador onde produz grandes eventos na cidade. Terminada sua passagem pelo Cerimonial Giramundo, começa sua carreira como produtora cultural independente com a Mostra Fotográfica, Poéticas Afro Indígenas do fotógrafo mineiro Leonardo Boloni, sucesso de público e crítica, realizada na Galeria Pierre Verger em Salvador. Ainda em 2004, cria a marca Ateliê Halo, dedicada à criação de acessórios feitos artesanalmente com a mescla de materiais naturais e nobres como palha, cristais e folhas de ouro.
Em 2005 a marca Ateliê Halo, ganha destaque na edição de agosto da revista Marie Claire. No mesmo ano, muda-se para Uberlândia onde passa a trabalhar na coordenação do Projeto Sunshine de Arte e Educação para crianças em situação de risco na ICASU – Instituição Cristã de Assistência de Uberlândia.
Em 2006, participa da produção de arte educação do documentário Olhar Descalço aprovado pela lei de incentivo cultural de Uberlândia. Em 2007, participa do Projeto CTBC – Um jeito feliz ser de arte urbana que visou a revitalização dos orelhões da cidade e região através de obras de arte assinadas por artistas plásticos selecionados.
Com 11 exposições individuais e 16 coletivas, além de projetos na área de Arte Educação, Cinema e Vídeo, Produção Cultural, Cenografia, Figurino e Moda, Ana Paula Rios atualmente vive em Uberlândia onde é docente do Curso de Design de Moda na UNITRI – Centro Universitário do Triângulo nas disciplinas de Desenho de Moda II, III e Acessórios, além de gerenciar o ateliê/loja Arte e Etc, onde promove a integração entre cursos de arte e moda localizado no bairro Santa Maria.

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