quinta-feira, 29 de maio de 2008

RAIO X:

Conheça o GIA, Grupo de Interferencia Ambiental baiano que a seis anos vem desenvolvendo iniciativas que têm como objetivo incentivar a produção de arte contemporânea que utiliza o entorno urbano ou público com o espaço de ação.

O GIA surgiu na Escola de Belas Artes da UFBA da união de seis amigos. Entre as suas ações mais marcantes estão a ação "Fila" em que o grupo inicia a formação de uma fila sem qualquer finalidade em frente ao Elevador Lacerda, principal cartão postal de Salvador. Em poucos minutos esta ganha proporções absurdas. Pessoas que passam se juntam a fila sem se quer saber a finalidade da mesma. A interferencia teve o objetivo de debater sobre a mania do brasileiro de fazer fila por tudo.

Em outra ação, uma cama é colada no centro de São Paulo e ocupada por um dos integrantes do grupo que passa a dormir na mesma tranquilamente. Aos poucos a cama passa o ocupar as atenções de quem passa e a mexer com a dinâmica do espaço.

Em seu último trabalho entitulado Q.G do Gia - Espaço de Encontro, Pensamento e Ação, que ocupou durante o mês de maio a Capela do Museu de Arte Moderna da Bahia, o grupo criou um "espaço híbrido de funções heterogêneas, no qual propõe uma experiência de imersão total. O espaço foi construído através de ações e intervenções artísticas, trabalhos e encontros com outras pessoas. O GIA, junto com o público, transformou e definiu este espaço a partir das funções que lhes foram atribuídas oportunamente, como o próprio ato de habitá-lo."

Para conhecer mais sobre o GIA e suas ações visite:


Vá também ao Youtube e procure por GIA, para ver em vídeo algumas das ações já realizadas pelo grupo.


sábado, 24 de maio de 2008

SESSÃO:(3X4)

Artista Plástico, Professor, Curador e Premiadíssimo; Ayrson Heráclito é um dos principais nomes da nova geração de artistas plásticos da Bahia. Nos últimos nove anos, o artista vem desenvolvendo trabalhos com materiais orgânicos presentes na cultura baiana: o açúcar, a carne de charque e o dendê.
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Essa originalidade aos olhos alheios o artista encara com naturalidade: “Nas artes plástica não existe suporte. O que existe são estratégias que materializam as energias criativas da cultura”. Informado por esse conceito é que o artista faz uma leitura da história cultural baiana, a partir de dados históricos, sociológicos e culturais, visando uma reflexão sobre questões culturais afro-baianas. Baiano de Macaúbas, Heráclito é mestre em Artes Plásticas pela Ufba e professor da Ucsal e Unifacs, já tendo realizado várias exposições no Brasil e no exterior.
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Em uma de suas pesquisas o artista utiliza a carne de charque como matéria prima para a construção de roupas com o objetico de discutir a respeito dos contraste e dicotomias sociais em que estamos envolvidos diariamente: necessidade x supérfluo, glamour x miséria, ao tempo que convoca o espectador a refletir sobre os limites do vestível, as possibilidades da moda e a sua relação com o contexto social no qual ela se insere.
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Denominada A Transmutação da Carne, a coleção toda feita com carne de charque foi apresentada na principal Semana de Moda da Bahia (Barra Fashion) no ano de 2000 e foi uma bofetada na cara de vegetarianos, caretas e afins. Na passarela, a beleza da textura e das nuances de marrom do charque (uma carne reciclada, segundo Heráclito), mais o odor característico de uma das principais matérias-primas da suculenta feijoada. Bermuda cargo, medalhão com A de anarquia, vestido tubo, bolsinha, peruca chanel, imensa trança arrastando no chão, short, biquíni, sunga, camiseta regata, top, minissaia, crinolina e peças de inspiração sado-masoquista. Tudo feito em carne, costurada com barbante. Fazendo parte de um amplo projeto de intervenção, teoricamente embasado no conceito de escultura social do Joseph Beuys, outras ações se incorporam ao “projeto carne”.
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A performance “A Transmutação da Carne”, apresentada no Instituto Cultural Brasil Alemanha (2000), por exemplo, quer discutir a violência contra o corpo. Utilizando-se de registros de torturas sofridas por escravos no Brasil, relatos de suplícios analisados por Michel Foucault quando estudou a História dos sistemas punitivos no Ocidente, o público, mais uma vez, é convocado a olhar a sua própria ferida. Uma ferida que pode ser estetizada, transmutada, mas nunca esquecida. E a dor do corpo escravo, marcado a ferro e brasa pelos seus senhores, encontra ressonância na miséria nordestina: fome e tortura são apresentadas, na ação, num churrasco humano, como a nos dizer do lugar do homem dentro da gramática de desigualdade que constitui a sociedade brasileira.
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Os cerca de 800 quilos de carne que foram utilizados nas intervenções - que também incluíram um desfile público dos modelos pela zona central da cidade de Salvador (Praça da Piedade e Avenida Sete) - foram devolvidos ao seu significado original, de comida através de doações, sendo esta ação um momento crucial da obra. Com isso o artista dá visibilidade à fome no Nordeste como um problema social, a carne é distribuída entre comunidades carentes e associações filantrópicas, com um sentido de denúncia. Os recibos e as cartas de agradecimento das referidas instituições, enviados ao artista, são transformados em obra de arte: os documentos-obra. A obra de arte, agora, nesse gesto, está pronta. Volta a cumprir o seu desejo original de humanizar o mundo.
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Fontes:
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Para conhecer mais sobre sobre as pesquisas de Ayrson Heráclito incluindo seu rico trabalho tendo o Azeite de Dendê como lugar central no seu processo investigativo, basta entrar em seu blog no link a cima.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

CALEIDOSCÓPIO:

Conheça o trabalho fotográfico de Thiago Carvalho. Um olhar poético sobre o cotidiano.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Thiago Carvalho acesse: http://www.flickr.com/photos/89747600@n00/sets/



quarta-feira, 21 de maio de 2008

Denis Sena possa para campanha da Chilli Beans
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SESSÃO:(3X4)
A sessão (3x4) desse mês está super orgulhosa em apresentar pra quem não conhece, o trabalho de uma das personalidades das artes visuais mais atuantes e generosas que conheço: Denis Sena!
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Desde 1996 o artista experimenta diversas linguagens artísticas para expressar sua identificação com a cultura baiana, marcada pelas raízes negras africanas, e um discurso em defesa de valores como liberdade, paz e consciência social. Autodidata e operário cultural, como ele gosta de se denominar, Denis Sena é um artista inquieto, que usa a rua e materiais incomuns, como lixo reaproveitado, como suporte para suas obras. Autor de trabalhos artísticos feitos em lojas, empresas, escolas e até em terreiros de candomblé, também faz performances em diversos eventos culturais, como shows, festivais e seminários acadêmicos.
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No campo da arte-educação, vem desenvolvendo oficinas e cursos de graffiti em escolas públicas, particulares e organizações não-governamentais. Entre suas experiências, foi instrutor de graffiti no Projeto Abrindo Espaços, da Organização das Nações Unidas para a educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), no ano de 2002. Atualmente, é facilitador da oficina de artes plásticas do Projeto Cidadão, no qual dá aulas a crianças e adolescentes moradores do bairro do Cabula I em Salvador, onde cresceu e vive até hoje.
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Também atua como educador em escolas públicas municipais e no Liceu de Artes e Ofícios, organização não-governamental de Salvador. Como mais recente trabalho artístico, está sua parceria com o fotógrafo baiano Marcelo Reis, que resultou na exposição Processo Instantâneo. A mostra consiste em fotografias feitas durante uma oficina de graffiti, realizada por Sena para meninos e meninas de sua comunidade, dentro do Terreiro de Candomblé Ibê Ojí Tundé, no Cabula I.
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Recentemente esteve em Nova York onde deu palestras em 8 universidades com o objetivo de divulgar o projeto Salvador Graffita, desenvolvido pela prefeitura de Salvador em parceria com 43 grafiteiros desde 2005.
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Para conhecer mais sobre o trabalho de Denis Sena acesse: www.denissena.com


Essa é a nova série de fotografias do artista Denis Sena, que utiliza símbolos e imagens que representam a cultura do candomblé através da arte digital.

Produção do arte-educador Denis Sena com educandos da ONG Projeto Cidadão, comunidade do Cabula 1.

terça-feira, 20 de maio de 2008

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AGENDA:

Ainda dá tempo de conferir a exposição "Imagem é Tudo". A exposição vai até essa sexta na Oficina Cultural de Uberlândia, situada em frente a praça da antiga prefeitura da cidade (Praça do Coreto).
Os apressados de última hora, podem aproveitar o feriado para fazer um passeio cultural e visitar a exposição que está aberta desde o dia 10 de abril e vem sendo sucesso de público e crítica. A visitação acontece das 12h às 18h.

CALEIDOSCÓPIO:
Arte urbana é a praia do baiano Mathias Dannis. Andando por Salvador você consegue encontrar várias de suas interferências nos espaços urbanos habitados ou inabitados da cidade, assinadas como BRAZUCA. Seu trabalho trás marcado seu olhar crítico, sagaz e urgente do mundo que o cerca. Autodidata, Mathias desenvolve seu trabalho com base em questionamentos e conflitos da sociedade contemporânea que habita o espaço urbano.
O artista em sua sede criativa, caminha pela soterópolis em busca de muros, espaços e cenários para suas interferencias que se interagem complementarmente, instigando os olhares apresados de quem passa.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Mathias Dannis acesse: http://www.fotolog.com/brazuca_ssa

interferencia em espaço público abandonado na cidade de Salvador /Ba

sexta-feira, 16 de maio de 2008

DICA:
A "Blu Animação" em parceria com a Mercurio Film, criaram essa animação surpreendente!!!!
Essa é uma senhora dica!
Acesse: http://www.vimeo.com/993998

CALEIDOSCÓPIO:

Conheça o trabalho poético da artista plástica e ilustradora baiana Juliana Moraes.

Para conhecer mais sobre o trabalho da Juliana acesse:
http://www.fotolog.com/caixafechada
http://www.flickr.com/photos/caixafechada/